Este é o sentimento do coordenador geral da TVC-Rio, Moysés Corrêa em relação à vitória da chapa “Unidade para fortalecer ainda mais a TVC-Rio”
Nem tudo foi conseguido, na tentativa de tornar a TV Comunitária do Rio mais comunitária. O coordenador geral da TVC, Moysés Corrêa, tem plena consciência desta realidade, embora, com a renovação da chapa “Unidade para fortalecer ainda mais a TVC-Rio”, reeleita no final de abril, a sensação seja de “dever cumprido”. Um dos motivos que o deixa com este sentimento diz respeito à união de grupos que estavam em lados opostos na última eleição, como o Clube de Engenharia, Sindipetro e Aepet.
“Eu me sinto com o dever cumprido. Nesses dois anos, a chapa “Para fazer a TVC ainda mais comunitária” cumpriu o seu papel, de defesa da tevê. Havia um movimento inicial, que não víamos com bons olhos, no sentido da forma de direção que queriam imprimir a tevê. Rebelamos-nos e conseguimos unir um grupo importante, que contava com a parte histórica, daqueles que participaram da fundação, e de novas associadas, e, assim, assumimos a direção da tevê”, afirmou Moysés.
Segundo ele, a continuidade da chapa concederá um fortalecimento maior à TVC-Rio. “E agora, na medida em que conseguimos uma chapa unitária, onde algumas entidades – em particular o Clube de Engenharia, Sindipetro, Aepet – que haviam participado de um movimento do qual nós fomos contra e agora se aliaram à nossa chapa, com certeza, vamos conseguir fortalecer ainda mais a tevê”, aposta o coordenador.
A atual gestão pretende avançar rumo à conquista do sinal aberto, que, de acordo com Moysés, foi uma das vitórias principais da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), mas que ainda não partiu para a prática. Outro progresso que o coordenador vai reunir esforços resume-se à ampliação das tevês comunitárias na verba destinada do governo federal para anúncios.
“Vamos avançar juntos na direção do sinal aberto. Vamos avançar juntos na direção de ampliar o papel das tevês comunitárias na mídia do governo federal. Em dezembro, recebemos alguns anúncios do governo federal. Mas ainda é muito pouco. Recebemos cerca de R$ 10 mil em seis meses. A verba do governo é de R$ 600 milhões e a Rede Globo fica com 50% disso. Precisamos ampliar este espaço e também ampliar a unidade”.
Para que a TVC evolua em prol de um trabalho mais comunitário, Moysés conta com a experiência de Francisco Soriano, um dos diretores da Sindipetro, que ficará na direção de Infraestrutura e Equipamentos da tevê. “Nesta gestão, nós temos um compromisso com o pessoal do Sindipetro, em particular com o Soriano, que foi um certo fiador da unidade que conquistamos neste pleito. Estamos vendo essa nova gestão com ampla possibilidade de desenvolver um trabalho ainda mais profundo. E fazer com que a tevê se equipe para ter uma imagem e um áudio melhor. Já fizemos um avanço em relação a isso. Renovamos os equipamentos, reformulamos o estúdio, mas ainda está aquém do que podemos fazer”, esclareceu.
Preparar os setores populares, de modo que ampliem a condição deles produzirem vídeos, documentários, entre outros, é um outro objetivo do coordenador geral da TVC. Esta meta deverá ser alcançada com a implantação da Escola de Mídia Comunitária, um dos projetos da TVC para o próximo biênio.
“Vamos dotar a tevê de condições melhores, inclusive para preparar os setores populares para assumir o trabalho de vídeo, documentários de seus trabalhos e etc. Estamos preparando a Escola de Mídia Comunitária para desenvolver essa questão, através do documentarista Alberto Mejia, que já foi coordenador da TVC, da qual já apresentamos este projeto ao Ministério da Cultura (Minc). Provavelmente, vamos ter apoio do Minc, mas já iniciamos o trabalho de dotar os setores comunitários, em particular, do entendimento da importância do audiovisual”.
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